Nove das vítimas são de Americana e Pedreira tem duas mortes confirmadas. Limeira, Paulínia e Santa Bárbara também registraram casos.
Quatorze pessoas morreram por febre maculosa nas regiões de Campinas e Piracicaba em 2018, sendo nove delas em Americana (SP), duas em Pedreira (SP) e as demais em Limeira (SP), Paulínia (SP) e Santa Bárbara d´Oeste (SP).
Em Americana, mais da metade das vítimas morava na região do bairro Zanaga. Na Vila Bela, ás margens do Rio Piracicaba, os moradores estão com receio de frequentar o local. E muitos desistiram da pesca, algo comum no rio.
E o motivo do medo é a presença das capivaras, que hospedam o carrapato-estrela, transmissor da doença.
“Eu estou evitando o máximo [ir ao rio], mas a vontade é muita. Eu não pesco mais aqui. Tem risco, tem que evitar”, afirmou Carlos Ferraz.
Ainda de acordo com a Prefeitura de Americana, a maioria das pessoas mortas pela doença frequentou o Museu Histórico Doutor João da Silva Carrão.
Perto dali tem uma ponte sobre o Rio Piracicaba, um ponto conhecido de pescaria. O museu público estava fechado neste sábado. Placas serão colocadas para avisar do risco da doença.
Cuidados no contato com carrapatos:
-Moradores devem evitar áreas de risco ou tomarem cuidados como:
-Usar roupas claras porque facilitam a visualização dos carrapatos
-Colocar a barra das calças dentro das meias e calçar botas de cano alto
-Examinar o corpo cuidadosamente a cada três horas, porque os carrapatos transmitem a bactéria causadora da febre maculosa, depois de algumas horas após a picada na pele
-Cuidado ao retirar o carrapato que estiver grudado à pele, fazendo-o mediante leve torção
-Procurar o serviço de saúde e informar ao médico sobre contato com carrapatos, caso apresente febre alta, dores no corpo e de cabeça, calafrios e manchas avermelhadas na pele em período de dois a 14 dias após frequentar áreas consideradas de risco para a doença.
Fonte: G1