A Petrobras informou que vai adotar a partir desta quinta-feira (6) um mecanismo de proteção financeira (conhecido como hedge) que permitirá aumentar os intervalos de reajustes nos preços da gasolina nas refinarias em até 15 dias. O objetivo é dar mais flexibilidade à sua política de preços.
Petrobras anuncia alta de 1,68% na gasolina nas refinarias, novo recorde
A estatal vinha adotando, desde 3 de julho do ano passado, reajustes quase diários no valor do combustível, com base sobretudo no mercado internacional e no câmbio. Há dois dias, a gasolina atingiu novo preço recorde nas refinarias.
Segundo a petroleira, esse mecanismo de hedge dará a opção de mudar a frequência dos reajustes diários no mercado interno, “podendo até mantê-lo estável por curtos períodos de tempo, de até 15 dias”.
“Isso não altera a nossa política de preços com relação a sempre buscar a paridade de preços”, afirmou Rafael Grisolia, diretor financeiro da companhia.
As ações da petroleira operavam em alta na manhã desta quinta-feira (6), logo após o anúncio.
Entenda o hedge:
O hedge é um contrato financeiro que dá o direito de comprar ou vender um ativo no futuro por um valor combinado previamente. É uma espécie de seguro que protege a empresa de bruscas variações do mercado.
Ele é muito usado por empresas que têm custos ou receitas em moeda estrangeira, como exportadoras e importadoras. No caso da Petrobras, ele será aplicado sobre as cotações da gasolina no mercado futuro dos Estados Unidos. Segundo Grisolia, o mecanismo já está valendo.
Petrobras fará hedge em períodos de volatilidade.
Segundo a estatal, o mecanismo de hedge será opcional, aplicado por até 15 dias, e permitirá à empresa obter um resultado financeiro equivalente ao da prática de reajustes diários. O hegde será feito com base no mercado futuro de gasolina e petróleo.
A petroleira recorrerá ao hedge em momentos de alta volatilidade nos preços. “Tem questões nos combustíveis que são estruturais, que você tem uma tendência, e tem outras, como a questão dos furacões [nos EUA], que aumentam a volatilidade”.
Ao final [dos 15 dias], o resultado “vai ser idêntico” ao que seria caso mantido o reajuste diário, enfatizou Grisolia. “A gente não consegue visualizar hoje fazer isso [hedge] por mais que 15 dias com a gasolina”.
A Petrobras informou também que continua em vigor a paridade internacional (PPI), assim como a correlação o preço da gasolina no mercado internacional e a taxa de câmbio.
Sobre uma possível revisão da política de preços da companhia, o diretor de Refino e Gás Natural, Jorge Celestino, afirmou que ela está mantida, mas que a medida a aperfeiçoa, uma “sofisticação” que torna a estatal mais competitiva.
Ao final [dos 15 dias], o resultado “vai ser idêntico” ao que seria caso mantido o reajuste diário, enfatizou Grisolia. “A gente não consegue visualizar hoje fazer isso [hedge] por mais que 15 dias com a gasolina”.
A Petrobras informou também que continua em vigor a paridade internacional (PPI), assim como a correlação o preço da gasolina no mercado internacional e a taxa de câmbio.
Sobre uma possível revisão da política de preços da companhia, o diretor de Refino e Gás Natural, Jorge Celestino, afirmou que ela está mantida, mas que a medida a aperfeiçoa, uma “sofisticação” que torna a estatal mais competitiva.
Fonte: G1