O filósofo e escritor Luiz Felipe Pondé estará em Araras na próxima segunda-feira (17) para palestrar para servidores da rede municipal de Educação. A ação é promovida pela Prefeitura e integra as atividades que marcam o início do ano letivo de 2020. O evento tem como tema “O desafio da mudança” e acontece no Sayão Futebol Clube, às 18h.
Segundo a Secretaria Municipal de Educação, responsável pela atividade, a definição do filósofo foi resultado de pesquisa feita junto aos funcionários da rede, por meio de votação.
“Desde que assumimos a Secretaria, colocamos o diálogo como forma principal de trabalho. Os próprios servidores definiram o palestrante que se destaca quando o assunto é Educação. Essa é mais uma forma de inspirarmos não só os professores, mas todos os nossos funcionários, que somam mais de dois mil para o ano letivo de 2020. Que eles aproveitem ao máximo esse encontro”, comentou o secretário de Educação, Bruno Roza.
O filósofo
Pondé é um dos mais polêmicos pensadores do país e autor de uma das colunas mais discutidas da imprensa brasileira, publicada no jornal Folha de São Paulo desde 2008. Graduado em Filosofia pela USP (Universidade de São Paulo), ele é mestre em História da Filosofia Contemporânea pela mesma universidade e doutor em Filosofia Moderna pela USP/Universidade de Paris, além de possuir pós-doutorado pela Universidade de Tel Aviv.
Atua como professor do Programa de Pós-graduação em Ciências da Religião da PUC-SP e como professor titular da Faculdade de Comunicação da Fundação Armando Alvares Penteado. É autor de diversos livros, entre eles “O homem insuficiente”, “Guia politicamente incorreto da filosofia”, “A era do ressentimento” e “Filosofia para corajosos”.
Em 2017, publicou “Marketing Existencial”, analisando por que a produção de bens da época atual se confundiu com os anseios existenciais dos indivíduos e deixou de atender à mera satisfação das necessidades básicas. Seu livro mais recente é “Amor para corajosos: reflexões proibidas para menores”, que tem o amor romântico, chamado pelos medievais de “doença da alma”, como foco principal.
Luiz Felipe Pondé destaca que sua trajetória profissional foi muito marcada pelo estudo dos gregos, acentuando o seu ceticismo e o senso trágico. Cético com a ideia de que o mundo esteja mudando, mesmo com a inovação e os aparatos tecnológicos, ele defende que os jovens devem continuar discutindo os textos clássicos, como William Shakespeare e Santo Agostinho.