Com fim do verão, frio pode agravar surto de coronavírus no Brasil

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O surto do novo coronavírus desembarcou no Brasil à medida que os dias quentes de verão chegam ao fim, possivelmente agravando a propagação do vírus, disseram especialistas em saúde à Reuters.

Pouco se sabe sobre como mudanças de temperatura afetam o novo coronavírus, que desencadeou uma crise global. Entretanto, seis especialistas afirmaram que surtos anteriores no Brasil, incluindo a pandemia de gripe suína pelo H1N1 em 2009, apontam que temperaturas mais frias ampliam o contágio.

O país já é o mais afetado da América Latina, com ao menos 621 casos confirmados até quinta-feira — mais que o dobro em dois dias.

Apesar do clima majoritariamente tropical, as temperaturas começam a cair a partir de abril, quando gripes tendem a aumentar, disseram os especialistas.

“Nunca é um bom momento para o coronavírus chegar… mas este definitivamente não é um bom momento”, disse Maria da Glória Teixeira, epidemiologista da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

As preocupações são compartilhadas em outras nações do hemisfério sul. A Austrália tem um número semelhante de casos confirmados, mas a expectativa das autoridades é de que a taxa aumente rapidamente com a chegada do inverno, expansão que também pode ocorrer na Argentina e no Chile.

Especialistas em doenças infecto-contagiosas afirmaram que não podem garantir se o novo coronavírus é sazonal, uma vez que seu surgimento não ocorreu há tempo suficiente para reunir informações. Entretanto, com doenças respiratórias como gripes e resfriados, cientistas acreditam que o ar frio causa irritação nasal e das vias respiratórias, o que deixa as pessoas mais suscetíveis a infecções.

No Brasil, os especialistas se demonstraram preocupados com a região sul, que, além de ser a mais fria do país, também tem uma população mais idosa, de acordo com o censo de 2010. No Rio Grande do Sul, 20% dos gaúchos estão acima dos 60 anos.

Quinta-feira marcou o último dia do verão. O governo prevê que o pico de Covid-19 acontecerá entre abril e maio, mas, com a mudança de estação, as estimativas também podem sofrer alterações.

Tânia Vergara, presidente da Sociedade de Infectologia do Rio de Janeiro, disse que o calor provavelmente enfraqueceu as chances de o vírus sobreviver em locais como maçanetas ou no ar.

“Isso é uma vantagem neste momento em que ainda está quente. Mas vai ser um desvantagem mais à frente”, afirmou.

Teixeira, da UFBA, alertou sobre outro fator que pode complicar ainda mais a situação.

“Problemas sociais nas populações mais carentes são uma variável que sempre agrava epidemias”.

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