O governador de São Paulo, João Doria, anunciou nesta segunda-feira (6) que manterá, pelo menos, até o dia 22 de abril as restrições impostas ao comércio e aos serviços não essenciais em todo o estado, como forma de evitar a rápida disseminação do coronavírus. A determinação entra em vigor a partir desta quarta-feira, 8.
Os médicos e cientistas envolvidos nas discussões sobre a prorrogação da quarentena no estado e na capital de São Paulo recomendaram a ele a prorrogação da quarentena por um período de mais 15 dias. Alguns especialistas chegaram a sugerir até 30 dias (neste caso, ela só terminaria no fim de abril).
Segundo o governo a prorrogação da quarentena é importante para que “o Estado de São Paulo organize sua rede assistencial para atender aos doentes. Já foram ativados 1.524 novos leitos de UTI, em hospitais estaduais, municipais e filantrópicos. Além disso, o governo estadual prepara a implantação de um hospital de campanha, no Complexo Esportivo Ibirapuera” .
Os números da saúde já são dramáticos: cem cidades de SP registram casos de Covid-19. As internações de pacientes com a confirmação da doença em leitos de UTI explodiram, de 33 para 525 – um aumento de 1.500%. As mortes subiram 180% em uma semana
Um relatório do Ministério da Saúde alerta para o risco de São Paulo estar entrando na fase de aceleração descontrolada da epidemia, tendo em vista que é o segundo estado do país com o maior coeficiente de incidência: 9,7 infectados por 100 mil habitantes. O estado também é o que registra o maior número de casos confirmados de covid-19 (4.620) e de mortos (275).
A decisão segue orientação da (OMS) Organização Mundial da Saúde, da Opas (Organização Pan-americana de Saúde), do Ministério da Saúde e do Centro de Contingência do Coronavírus de São Paulo, formado por 12 especialistas, entre epidemiologistas, cientistas, pesquisadores, infectologistas e virologistas, liderado pelo médico David Uip.
Gazeta de Limeira