Fila de 17 mil testes de coronavírus em SP está zerada, diz governo

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A fila de testes de coronavírus que aguardam análise no estado de São Paulo foi zerada nesta terça-feira (21), segundo Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, que anunciou o cumprimento da meta dois dias antes do previsto durante coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes, Zona Sul de São Paulo, nesta quarta-feira (22).

O resultado dos testes pode mudar o número oficial de mortos, caso o resultado do teste seja positivo para covid-19. Até esta terça-feira (21), o estado de São Paulo registrava 1093 mortos.

De acordo com Covas, desde que a Plataforma de Laboratórios para Diagnóstico de Covid-19 de São Paulo, coordenada pelo Instituto Butantan foi oficializada no dia 4 de abril, já foram feitos 35, 6 mil testes em 38 laboratórios. A fila chegou a ser de 17 mil exames.

“Desses 17 mil, zeramos ontem, ou seja, não existe mais 17 mil. E temos uma notícia melhor. Realizamos desde [a quinta] dia 9, 24 mil exames. Realizamos os 17 (mil) e batemos na casa de 24 mil. No dia 9 tínhamos 11 mil testes feitos, hoje temos 35,6 mil testes feitos”, afirmou Covas.

Segundo o diretor, desde a semana passada, os laboratórios do estado de São Paulo não demoram mais do que 48 horas para emitir o resultado dos exames para coronavírus.

“O teste diagnóstico, o teste de acompanhamento é um componente dinâmico e importante na fotografia da epidemia. Então nós temos o compromisso de gerar o resultado desses exames rapidamente. Desde a semana passada não demora mais do que 48 horas para a emissão do resultado. Meta cumprida, vamos em frente “, afirmou Covas.

Segundo Dimas Covas, em média, chegam aos laboratórios 1.800 exames para análise. Entretanto, Dimas ressaltou na terça-feira (21) que muitas amostras estão chegando com problemas ou por falha na coleta de material ou por contaminação durante o armazenamento ou transporte até os laboratórios.

Por serem consideradas inconsistentes, não é possível chegar a um resultado porque as amostras estão inadequadas para fazer análise laboratorial, explica Covas. Os motivos são os mais variados, como falta de material, falha de coleta do material, contaminação na coleta ou no transporte e até mesmo erro no registro da amostra, como falta de informações sobre paciente e a origem do material.

De todo universo de testes analisados na rede pública estadual de Covid-19, a estimativa oficial é de que de 7 a 8% deles são descartados por serem considerados “inconsistentes”, segundo Dimas Covas.

Na segunda-feira (20), o número de amostras represadas era de 4,1 mil. De acordo com o governo, a rede pública de laboratórios já está conseguindo processar em torno de 2 mil testes por dia e apenas na segunda-feira (20) foram processadas e liberadas 3,7 mil amostras.

De acordo com Covas, 12 dos 38 laboratórios habilitados operam com sua capacidade máxima. O número total de laboratórios inclui os públicos, privados e universitários, e a unidade do próprio Butantan.

Investimentos
Para dar conta da demanda acumulada, o instituto comprou 1,3 milhão de testes importados da Coréia do Sul e a última remessa chegou na manhã do último sábado (18). O investimento total para a implantação da plataforma paulista de exames da Covid-19 foi de R$ 85 milhões, de acordo com o governo paulista.

Nos cálculos do Butantan, quando a Plataforma de Laboratórios para Diagnóstico de Covid-19 estiver operando em plena capacidade, o que está previsto para a segunda quinzena de maio, será possível fazer até 8 mil exames do tipo RT-PCR por dia, com resultados liberados em até 48 horas a partir da chegada das amostras nos laboratórios.

A realização dos testes é fundamental para dimensionar corretamente a evolução da pandemia, mas o governo tem tido dificuldades para conseguir kits e processar toda a demanda. São Paulo tem 42% dos casos de Covid-19 no país, com 1.037 mortes e 14.580 pacientes com coronavírus confirmado. Até o momento o Estado de S. Paulo realizou 31,2 mil exames para casos suspeitos de Covid-19.

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Rede de análise
Embora a plataforma de laboratórios inclua 38 instituições, entre públicas e privadas, o atraso nos exames se concentra nas amostras enviadas para a rede pública, especialmente para o Instituto Adolfo Lutz.

O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) chegou a denunciar o Instituto Adolfo Lutz ao Ministério Público e à Secretaria de Estado de Saúde por indícios de irregularidades no armazenamento de mais de 20 mil amostras que aguardavam testes de coronavírus.

O atraso nos exames na rede pública provoca uma discrepância entre o número de confirmações nos diferentes bairros da cidade. O Morumbi, onde boa parte da população tem acesso à rede privada, é o distrito com mais casos confirmados de Covid-19 na cidade. Apesar disso, o bairro com mais mortes pela doença é a Brasilândia, onde há um número muito menor de casos confirmados.

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