Proprietários de bares e restaurantes de Limeiraque protestaram ontem contra a mudança do fase do Plano São Paulo, anunciada na sexta-feira, pelo governo estadual. A medida impõe o fechamento de estabelecimentos não essenciais no período noturno, em dias úteis, e nos finais de semana, que começou a vigorar ontem.
O movimento reuniu muitas pessoas que levaram cartazes com dizeres “não somos culpados”, “agora está na hora de mostrar quem somos”. Um pai chamou a atenção. Ele levou seu filho num carrinho e colocou um cartaz com a frase “Pelo meu tetê, meu pai precisa trabalhar”.
Até um caixão levaram no protesto, que simboliza a morte do CNPJ, e estava com uma bandeira “fora Doria”. Giovana Valente, representante da associação, já havia relatado as perdas do setor. “A maior parte dos estabelecimentos possui dívidas que impedem seu funcionamento básico, como água, luz e aluguel”, disse.
Os empresários se reuniram na Praça Toledo Barros, onde também houve um discurso da Associação Limeirense do Setor de Alimentação e Lazer (Alsael) relatando os problemas enfrentados pelo setor. Depois, seguiram para Prefeitura, ao som do hino nacional, onde algumas pessoas foram recebidas pelo prefeito Mario Botion.
O chefe do Executivo disse que aos representantes de bares, restaurantes e similares que fará gestão política junto ao governo estadual no sentido de atenuar restrições de horário de funcionamento impostas ao segmento a partir de recentes medidas do Plano São Paulo.
O prefeito argumentou que o município não pode flexibilizar medidas impostas pelo governo estadual sob risco até mesmo de sofrer ações no campo judicial. “Estamos sensíveis em relação a vocês e aos diversos segmentos que recebemos aqui desde março do ano passado”, observou.