O Brasil começou oficialmente a vacinar contra Covid-19 no domingo (17), após a aprovação da Anvisa às pesquisas da CoronaVac, com Instituto Butantan e o laboratório Sinovac, e da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford com a AstraZeneca e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Com isso, já está aberto o cadastro para vacinação para manifestar interesse.
Em São Paulo, o governo estadual abriu o portal Vacina Já, que permite aos membros dos grupos prioritários realizarem o cadastro para vacinação. O portal conta com um questionário, no qual é possível dar suas informações pessoais e de contato para manifestar interesse na vacina.
Como as doses são limitadíssimas num primeiro momento, a distribuição será feita por etapas. O plano estadual de São Paulo prevê a aplicação das doses disponíveis primeiramente em profissionais de saúde, grupos indígenas e quilombolas.
Na sequência, o governo passa a priorizar as faixas etárias. Primeiro receberão a vacina aqueles com mais de 75 anos, seguidos pela faixa entre 70 a 74, depois de 65 a 69 e depois para aqueles entre 60 a 64. Segundo o governo, 77% das mortes por Covid-19 acontecem em pacientes com estas idades, o que explica a prioridade.
A previsão original era de que a vacinação em SP começasse em 25 de janeiro, mas foi antecipada para o último domingo. O plano prevê que 9 milhões de pessoas possam ser imunizadas até 28 de março, ainda sem uma previsão de quando o restante do estado poderá se vacinar.
É possível que haja algumas turbulências no plano. A Folha de S. Paulo relata que tanto o Butantan como a Fiocruz estão com dificuldades de receber os insumos da China para dar prosseguimento à produção local das vacinas, o que deve atrapalhar a cadeia de fornecimento e distribuição pelo Brasil. A expectativa de ambas as organizações é de poder realizar a produção local, sem depender de insumos externos, a partir do meio do ano, mas até lá estão dependentes da liberação dos ingredientes.
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