O Twitter anunciou nesta segunda-feira (25) que aceitou uma oferta de compra de US$ 44 bilhões (cerca de R$ 215 bilhões) feita por Elon Musk, o homem mais rico do mundo (veja mais no vídeo abaixo). O negócio, que deve ser concluído ainda neste ano, precisa da aprovação formal dos acionistas da empresa e dos órgãos regulatórios.
A operação representou uma reviravolta. Isso porque, há dez dias, a negociação não foi bem recebida por acionistas do Twitter, e o conselho chegou a adotar o mecanismo conhecido como “poison pill” (“pílula do veneno”) para frear a investida do bilionário.
Há duas semanas, Elon Musk fez uma oferta de US$ 43 bilhões (cerca de R$ 210 bilhões) em dinheiro para assumir o controle total da rede social. Na sexta-feira (22), o empresário de origem sul-africana reuniu-se por videochamada com vários acionistas da plataforma para defender a sua proposta de compra.
Segundo a imprensa internacional, o conselho de administração do Twitter se reuniu neste domingo (24) para analisar o caso.
Com a pressão dos acionistas, a empresa aceitou a oferta de Musk de US$ 54,20 em dinheiro por cada ação comum. Esse valor será pago aos acionistas e representa um prêmio de 38% sobre o preço dos papéis em 1º de abril. Após o anúncio, as ações do Twitter operaram em alta de 7,4% no mercado.
No começo de abril, documentos da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês) apontaram que o magnata havia comprado 9,2% das ações da companhia. Dias depois, o executivo foi indicado para o conselho de diretores da empresa, mas declinou o convite.
Fundador da empresa de transporte aeroespacial SpaceX e da fabricante de carros elétricos Tesla, Musk é um usuário frequente do Twitter e, após a aquisição, prometeu “melhorias” na rede social. Segundo ele, a plataforma tem um “potencial tremendo” e deve ser uma espécie de “arena” de defesa da liberdade de expressão.