O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) determinou, nesta quinta-feira (2), que o YouTube remova, em até 48 horas, o vídeo disponível no canal oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em que o petista pede votos ao deputado federal e pré-candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PSOL, Guilherme Boulos.
O pedido de Lula ocorreu durante evento em comemoração ao Dia do Trabalho na zona leste de São Paulo, na quarta-feira (1º).
Na ocasião, o petista afirmou: “Eu vou fazer um apelo: cada pessoa que votou no Lula em 1989, em 1994, em 1998, em 2006, em 2010, em 2018, em 2022, tem que votar no Boulos para prefeito de São Paulo.”
Passadas 24 horas da fala de Lula, o vídeo em questão segue disponível no canal oficial do presidente no YouTube. O pedido de remoção da mídia foi apresentado pelo Partido Novo junto à Justiça Eleitoral.
Na tarde de ontem, foi retirado da página CanalGov, do YouTube, o vídeo da transmissão do evento do Dia do Trabalho.
Além do Novo, o MDB acionou a Justiça Eleitoral nesta quinta contra Lula. Como mostrou a CNN, a legenda avalia entrar ainda com uma ação de investigação na Justiça Eleitoral por abuso de poder político e econômico que pode resultar na cassação de registro de Boulos e na inelegibilidade de Lula.
O que diz a pré-campanha de Boulos
“Ricardo Nunes tenta criar uma cortina de fumaça para despistar o uso de eventos oficiais da Prefeitura, realizados com dinheiro público, para a promoção de sua candidatura à reeleição – como já noticiado pela imprensa. Ele é quem deve explicações à sociedade”, disse o coordenador da pré-campanha de Boulos, Josué Rocha, à reportagem.
Já a comunicação do Palácio do Planalto informou à CNN que só se manifestará “por via jurídica quando e se intimado”.
(Com informações de Caio Junqueira, Daniel Trevor e Manoela Carlucci)