A oposição lançou a ideia de abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar suposta fraude no leilão de arroz, que ocorreu na semana passada. Seria a CPI do Arroz, na Câmara dos Deputados.
Entre as vencedoras do leilão, há empresas de outra natureza, sem aparente afinidade com a venda de arroz, como locadora de veículos e comércio de queijo. Além de inconsistências quanto ao patrimônio declarado, porque dá margem para avaliação de que há falta de suporte e capacidade técnica.
O deputado federal Luciano Zucco (PL-RS), que faz parte da Frente Parlamentar do Agronegócio (FPA), começou a coletar assinaturas para a criação da CPI.
“Temos um fato determinado e vamos a fundo nas investigações. Depois do Mensalão e Petrolão, podemos ter o Arrozão do PT”, finalizou Zucco.
De acordo com o deputado, há indícios de fraude na condução do leilão e a possibilidade de direcionamento. O parlamentar também aponta indícios de uso de empresas de fachada na disputa.
Neste fim de semana, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) rebateu as cobranças sobre o resultado do leilão.
Disse que as empresas vencedoras são obrigadas a entregarem os lotes de produtos com os quais se comprometeram, nas condições, nos prazos e locais estabelecidos no Aviso de Compra Pública.
“As empresas vencedoras têm até cinco dias úteis para pagar a garantia de 5% sobre o valor da operação. Se a empresa não apresentar a garantia no prazo estipulado, é aplicada multa de 10% sobre o valor da operação e cancelada a negociação. Se a empresa pagar a garantia, mas não cumprir o previsto no edital, é aplicada multa de 10% sobre o valor da operação e a empresa perde a garantia paga”, informou a Conab em nota.