O grave acidente na rodovia Wilson Finardi (SP–191) na última quinta-feira (17) em que o estudante Eliton Cris de Oliveira Rodrigues (25), do campus de Araras da Universidade Federal de São Carlos, faleceu deixou consternados todos que o conheciam. Para amenizar a trágica perda, amigos, familiares e a equipe acadêmica do curso de engenharia agronômica prestaram uma emocionante homenagem a seu integrante no início da tarde de ontem na instituição com exibição de fotos, roda de violão e o plantio de uma muda de manacá da serra feito por seus primos Wesley e Camila e também por um amigo.
A pedagoga Elaine Cristina Maldonado tem entre suas atribuições na universidade o acompanhamento dos indígenas desde a matrícula e ao longo do curso
A pedagoga Elaine Cristina Maldonado tem entre suas atribuições na universidade o acompanhamento dos indígenas desde a matrícula e ao longo do curso
A pedagoga Elaine Cristina Maldonado que faz o acompanhamento dos indígenas desde a matrícula e ao longo do curso conta que “Eliton era um rapaz sempre alegre, amigo de todos, adorava música e estava sempre tocando violão e cantando. Todos aqui o conhecem, desde o pessoal da limpeza, os funcionários do restaurante universitário, da cantina, docentes, técnicos. Ele estava sempre rindo, era muito querido. No último dia de aula, ele comprou bombons e deu para as meninas da cantina como presente por o aguentarem. Era um querido. Nossa consternação é imensa”.
Eliton era da cidade de Amaturá, no Amazonas, onde foi sepultado. Era conhecido pelo apelido de Lindjo, um trocadilho por ele ser um estudante indígena e também por ser bonito. Após a notícia, amigos escreveram textos sobre ele nas redes sociais. “Me lembro do meu primeiro dia de aula, foi o primeiro a me dar as boas-vindas e a oferecer ajuda caso fosse preciso, me lembro também de uma conversa rápida há pouco tempo atrás onde falamos sobre nossos objetivos após a faculdade, uma pessoa cheia de sonhos e sempre com um sorriso no rosto”, contou uma amiga no Facebook.
Prima de Eliton, Camila Seabra de Souza está no último ano e será a primeira engenheira agrônoma indígena da UFSCar.
Fonte: Opinião Jornal – Site