As vendas nos shoppings do país para o Dia das Crianças devem crescer cerca de 6%, de acordo com pesquisa divulgada, hoje (10), pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce). Os lojistas esperam aumento de até 10% no fluxo de visitantes no próximo sábado (12), data dedicada ao público infantil.
A gerente de Planejamento Estratégico da Abrasce, Gabriella Oliveira, disse que “a inflação controlada, que contribui para o aumento do poder de compra das famílias; a variação positiva do volume de empregos, mesmo que ainda discreta; e um maior volume de crédito afetam positivamente a decisão de consumo”. Além desses fatores, Gabriella lembrou que os eventos promovidos pelo setor têm efeito positivo sobre o fluxo de visitantes, o que reforça a expectativa de alta de 6% nas vendas.
De acordo com a Abrasce, brinquedos, vestuário e calçados continuam sendo os principais itens comercializados no Dia das Crianças, com previsão de expansão de 92%, 54% e 38%, respectivamente. Entre as opções de lazer e entretenimento, o destaque é o cinema, com 81% de procura pelo público, e praça de alimentação, 79%. Confirmando a expectativa positiva, a Abrasce estima que o gasto médio vai oscilar entre R$ 100 e R$ 200.
Os empreendimentos esperam também elevação das vendas de itens de informática, cultura (livros, CDs e DVDs) e telefonia, que poderão atingir 31%, 17% e 27%, respectivamente.
Vendas no varejo
Já a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) estima que as vendas no varejo referentes ao Dia das Crianças deverão evoluir 4,4% em relação a 2018, sendo o terceiro ano consecutivo de alta real, já descontada a inflação. Terceira data mais importante do calendário do varejo nacional, depois do Natal e do Dia das Mães, o Dia das Crianças deve movimentar R$ 7,8 bilhões este ano, em todo o Brasil.
O estudo da CNC indica que os presentes mais procurados serão brinquedos e eletroeletrônicos, alta de 8,2% em relação ao ano passado. Seguem-se vestuário e calçados, com previsão de 4,5% de aumento, e produtos adquiridos em hiper e supermercados, de 3,5%.
O economista da CNC, Fábio Bentes, avaliou que as medidas de estímulo à economia, anunciadas pelo governo, tendem a favorecer as vendas do setor neste segundo semestre. Entre elas, destacou a liberação de saques do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e do Programa de Integração Social e Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Fundo PIS/Pasep), além da queda dos juros básicos.
Na avaliação de Fábio Bentes, “o resgate parcial do nível de atividade no varejo no Dia das Crianças é resultado da combinação entre inflação baixa, parcelamentos mais longos e disponibilização de recursos extraordinários para o consumo”.
A pesquisa da CNC aponta que as livrarias e papelarias deverão continuar em ritmo de queda, observado nos últimos anos. A projeção é de menos 4,1% de vendas desse segmento na data das crianças. Os shoppings localizados nos estados de São Paulo preveem vendas de R$ 2,2 bilhões, Minas Gerais, R$ 772 milhões, Rio de Janeiro, R$ 712 milhões, e Rio Grande do Sul, R$ 611 milhões, deverão responder por 55% do total do faturamento do dia 12 de outubro de 2019.
Dos 11 itens avaliados pela pesquisa da CNC, cinco mostraram preços mais baixos em relação à data do ano passado: roupas infantis menos 4%; tênis, 3%; chocolates, 1,4%; bicicletas, 0,8%, e brinquedos em geral, 0,5%. Em contrapartida, livros e bilhetes de cinema tiveram variações acima da média, da ordem de 26,8% e 14,3%, respectivamente.
Fonte: Pequenas Empresas, Grandes Negócios – Site