Cloroquina: médicos alertam sobre perigo da automedicação

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Tanto para cientistas e médicos quanto para a população geral a pandemia da Covid-19 é uma novidade. Para superar a crise e salvar vidas, o mundo está em busca de um tratamento eficaz. Neste cenário, a hidroxicloroquina e a cloroquina são medicamentos que, combinados com outras substâncias,
têm feito parte do tratamento de doentes graves.

Médicos ouvidos pela reportagem do Jornal de Piracicaba alertam para que a população não faça automedicação como forma de prevenir a doença, pois a hidroxicloroquina e cloroquina em doses sem prescrição médica podem prejudicar o funcionamento do coração, além de que pacientes com problemas nos rins e hepáticos, por exemplo, precisam de atenção especial ao fazer uso do medicamento. “É importante ressaltar que o medicamento não deve ser usado de forma preventiva e por automedicação”, afirma o secretário municipal da saúde e pneumologista, Pedro Mello.

Além disso, não há estudos científicos que comprovem totalmente a eficácia do medicamento. “São pacientes graves, em terapia intensiva,
monitorados porque as medicações não estão isentas de uma toxicidade e a gente sabe é uma medicação que é tóxica para o coração e o paciente que já tem arritmia realmente tem que ter um cuidado maior […] pacientes com insuficiência renal ou problemas hepáticos graves têm que ter as doses reduzidas”, explica a médica Juliana Assunção Ribon, infectologista do Cedic (Centro de Doenças Infectocontagiosas) de Piracicaba e membro do comitê de enfrentamento ao Covid-19 no município.

O MS (Ministério da Saúde) autorizou o uso da hidroxicloroquina e cloroquina no tratamento da Covid-19 apenas em pacientes em estado grave, hospitalizados com pneumonia viral, desde que haja autorização formal. Ao divulgar na última terça-feira (7) um guia para o SUS (Sistema Único de Saúde), o MS afirmou que “até o momento, não há evidências científicas sobre um tratamento que possa prevenir a infecção por coronavírus ou ser utilizado com 100% de eficácia no tratamento, embora estejam em estudo medicamentos e terapias com resultados preliminares promissores”, diz em nota.

“O uso da cloroquina teve ensaios terapêuticos na China, Coreia do Sul e Itália com resultados positivos em cerca de 70% dos casos de pacientes
com pneumonia causada pela Covid-19. O Hospital Albert Einstein, em São Paulo, também preconiza os ensaios com hidroxicloroquina e azitromicina. São ensaios ainda preliminares que precisam de uma maior comprovação científica”, diz Mello.

Para Juliana, os estudos a respeito da cloroquina no ainda não tiveram um número expressivo de pacientes participantes para resultados científicos, porém o medicamento tem ajudado na redução dos males da Covid-19. “O que os estudos têm mostrado [é] que a cloroquina reduziu o tempo para a recuperação clínica desse paciente, promoveu uma remissão da pneumonia com a Covid-19. […] No momento a gente tem a recomendação sim, por mais que a gente pense na questão dos efeitos colaterais”, comenta.

Outros medicamentos como antivirais, como o usado no tratamento de pacientes com HIV, estão em estudos para o tratamento da Covid. “A
vacina está sendo preconizada de dez a 15 meses. Existem outros antivirais que já estão sendo usados no tratamento da Covid-19, porém, em ensaios terapêuticos como, o remdesivir e lopinavir, todos sem comprovação científica”, avalia Mello.

Jornal de Piracicaba

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