A Prefeitura de Araras confirmou à Tribuna do Povo que pretende implantar a todos os servidores públicos municipais sistema de ponto eletrônico nos próximos meses. O prefeito Pedrinho Eliseu (PSDB) já havia deixado claro que vai cobrar de todos os funcionários a adequação, inclusive médicos da rede pública devem passar a utilizar o ponto eletrônico. Em resumo, todos os funcionários da terão que passar a impressão digital na entrada e saída do trabalho.
O controle de horas dos funcionários públicos municipais, hoje, é considerado arcaico. Isso porque, em diversos setores, as horas são controladas por cartões preenchidos à mão, ou então por planilhas assinadas pelos próprios funcionários. O entendimento é que esse procedimento dá margem a erro.
“O sistema (de ponto eletrônico) vai vincular às chefias o controle de seus funcionários”, explica o secretário de Administração, Bruno Roza. Com isso, há um controle rigoroso dos gastos públicos, enfatiza. Segundo o chefe da Administração, é possível um monitoramento das horas trabalhadas de cada servidor e por parte das respectivas chefias.
Segundo Bruno Roza, o sistema vai permitir um controle de diversas localidades de cada funcionário. Hoje , segundo ele, alguns locais é feito manualmente o controle. O sistema de entrada estará na mesa dos chefes de cada setor, com isso cada chefe deverá acompanhar com mais detalhes as horas trabalhadas de cada servidor.
Roza ainda explicou que com o sistema fica limitada as horas extras não autorizadas (propiciando economia aos cofres públicos). Todas as horas extras serão justificadas. O secretário garante que todos os setores e departamentos da Prefeitura utilizarão o ponto eletrônico. “A gente sabe que hoje alguns servidores ‘torcem o nariz’ para o controle de ponto”, admite, reforçando que ainda assim nenhum servidor ficará de fora do controle mais rígido.
A demanda por um controle mais rígido também recaia sobre funcionários que lidam diretamente com o público. Reclamações – nunca comprovadas – de que médicos não atenderiam durante todo o horário estipulado ocorriam com certa frequência (principalmente nas redes sociais). Com esse mecanismo os médicos também irão “bater cartão”, o que facilita o controle de horas pela própria Prefeitura e evita que haja acusações de que os profissionais não estariam atendendo dentro da carga horária estipulada.
A licitação para implantação do ponto eletrônico será em Pregão Presencial, realizado na sexta-feira (25), a partir das 10h na Sala do Pregão da Coordenadoria de Compras (na Rua Pedro Alvares Cabral, nº 83). Com ela se fará a contratação de uma empresa especializada para apresentação de solução tecnológica para a implantação de sistema informatizado para gerenciamento e controle de ponto dos servidores públicos da Administração Direta do Município. A empresa oferecerá o serviço pelo prazo de 12 meses – podendo este ser prorrogado se houver interesse do município.
A empresa que ofertar o menor preço deverá operar o ponto eletrônico dos servidores municipais. O custo estimado aos cofres públicos é de R$ 276 mil por ano. Contudo, a estimativa é que esse valor caia.
A Prefeitura exige que a empresa licitante, obrigatoriamente, seja a proprietária e desenvolvedora da aplicação, visando agilizar futura implementação, correção e ajustes caso sejam necessários. A empresa terá que fornecer 102 leitores biométricos com sensor óptico que permitem captura com qualquer ângulo, com sistema de detecção de dedo vivo com garantia mínima de um ano.
A contratada terá que executar todos os serviços de implantação, migração de dados, customização e treinamento de usuários da Prefeitura no prazo máximo de 45 dias, contados da data de recebimento da Ordem de Serviço.
Empresa terá que cumprir lista de exigências para implantar biometria
A contratada pela Prefeitura para implantar sistema de biometria para controle de horas dos funcionários municipais de Araras deverá fornecer documentação e treinamento para a equipe técnica da Prefeitura para instalação e implantação do sistema no Departamento de Tecnologia da Informação, fornecendo ainda todas as informações de operacionalização dos sistemas.
O sistema deverá ser capaz de ser acessado, de forma simultânea e concorrente, por 100% dos usuários cadastrados no sistema. A previsão é que serão contemplados todos os servidores – um total de aproximadamente 3.500 pessoas.
O sistema deverá coletar e identificar digitais através de equipamento coletor de biometria, possibilitando o cadastro dos servidores na base de dados do sistema; controlar jornadas administrativas normais, jornadas de turno com obrigatoriedade de trabalho em jornadas com controle apenas por carga horária (com ou sem limites definidos no dia), dentre outras dezenas de sistemas de trabalho.
O sistema deve ainda permitir a visualização do ponto diário dos servidores e o controle de tolerância parametrizada para entrada e saída; o controle de abono e atrasos, faltas com registro de motivos, horas extras, saídas antecipadas, afastamentos, férias, licenças de saúde, congresso, cursos, licença prêmio, etc.; controle de vários bancos de horas; dentre outros.
Fonte: Tribuna do Povo – Site