Desde esta quarta-feira (6), o gás de cozinha fica até 12% mais caro no Brasil. O reajuste, se for integralmente repassado aos consumidores já com a incidência de tributos, pode representar um aumento real de 4,2% ou cerca de R$ 2,44 a mais no preço do botijão de gás. Este reajuste pesa no bolso do consumidor.
Para a consumidora e mãe de família, Raquel Rossete Barini, o reajuste do gás de cozinha interfere no orçamento doméstico
“Com certeza este aumento vai pesar no orçamento doméstico. Em casa temos dois filhos pequenos que tomam mamadeira e precisamos esquentar o leite, eles também precisam de uma alimentação saudável com verduras e legumes e isto tudo requer muito do gás. Este aumento é significativo, até porque tem outros aumentos também que precisam ser absorvidos como o de combustível”, lamentou ela.
Jandira Valentim Rosa, ainda não comprou o botijão com preço reajustado, mas já prevê que o aumento certamente irá interferir na economia doméstica. Cozinhando para quatro adultos e um bebê, ela utiliza cerca de um botijão a cada 45 dias. “Vai atrapalhar bastante porque vai aumentando tudo, tem que absorver o aumento do gás, da energia elétrica, do combustível e na hora de fazer as contas o valor é maior”, disse ela.
Segundo a Petrobras, o aumento acontece devido aos impactos do furacão Harvey, que atingiu os Estados Unidos na semana passada. Em nota, a empresa destaca que com “estoques muito baixos e eventos extraordinários, como os impactos do furacão Harvey na maior região exportadora mundial de gás liquefeito de petróleo”, foi necessário um reajuste.
Além do gás de cozinha, o gás industrial também vai ficar 2,5% mais caro a partir desta quarta.
A Petrobras diz que a correção aplicada neste momento não repassa integralmente a variação de preços do mercado internacional e que nova avaliação do comportamento deste mercado será feita no próximo dia 21 de setembro. (RP)