Abandonadas desde 2015, as obras da UBS (Unidade Básica de Saúde) e da creche que estavam sendo construídas no novo Residencial Milton Severino (Jardim Aeroporto), ao lado do Aeroporto Armando Américo Fachini, podem ser retomadas. Esta foi a promessa feita pelo Pedrinho Eliseu (PSDB), na semana passada.
De acordo a Prefeitura, Pedrinho esteve no dia 18 deste mês no residencial e na ocasião anunciou o projeto para a construção de uma creche, unidade básica de saúde, playground e uma academia, no futuro complexo da Associação de Moradores do Bairro. As obras têm a previsão de começar no início do ano que vem.
O secretário de Planejamento, Paulo Bertolini, mostrou a planta dos futuros equipamentos aos moradores do local. No terreno, já existe um Centro Comunitário.
Segundo Pedrinho, a intenção é de que seja construída uma Emeief com capacidade para atender mais de 200 alunos, do próprio Milton Severino e também do Residencial Apolo. Cerca de 80% das fundações já estão feitas no local e para conclusão da escola serão necessários aproximadamente R$ 2,5 milhões.
“Estivemos em Brasília para tratar este como um dos assuntos e estamos buscando recursos federais para a construção da escola. Pode ser que este recurso venha por meio do Ministério das Cidades ou do próprio MEC (Ministério da Educação)”, disse ele.
Na área institucional que fica na Rua Jefferson Lopes da Silva com a Avenida João Rossi, deve ser construída a UBS de aproximadamente 250 metros quadrados. Neste local, a construção já está com 100% das fundações feitas. O próximo passo será atualizar a planilha para a continuação das obras. Para esta unidade, a estimativa de custo gira em torno de R$ 900 mil.
“Os moradores da residencial hoje são atendidos no bairro Jardim Alvorada (PSF Madre Carla Rabolim), inclusive pedido para serem atendidos no Jardim São João (Nilton de Lollo) que é mais próximo. É muito fora de mão, por isso estamos buscando recurso federal para construção da unidade ali. Estamos tentando também conseguir uma contrapartida de recursos para área de interesse social”, emendou o prefeito.
Também devem ser feitos um campo de futebol, uma praça de lazer e todo projeto urbanístico. A área localiza-se na Rua Paulo Rossini com Rua Augusto Massucato.
Paralisação das obras tem motivos desencontrados
A creche e UBS deveriam ter sido construídas antes dos moradores se mudarem para o residencial de casas populares do Minha Casa Minha Vida, o que aconteceu em junho de 2015, entretanto não ocorreu.
Na época, a Tribuna fez uma reportagem questionando sobre a entrega do residencial sem a creche e a UBS que deveriam estar prontas. Na época ambas as unidades tinham o alicerce construído, mas a Prefeitura alegou que as obras estavam paralisadas por falta de repasses federais. Segundo o Executivo, esse dinheiro deveria ser repassado ao município por meio do FAR (Fundo de Arrendamento Residencial) e Caixa Econômica Federal, mas isso não vinha acontecendo.
Araras teria o direito ao repasse de cerca de R$ 1,2 milhão para construção da escola, e mais cerca de R$ 800 mil para a UBS. A execução das obras também deveriam ser feitas pela mesma construtora, responsável pela construção das casas, ou seja, a Cataguá Construtora Ltda. e Incorporadora.
Na mesma época a Caixa foi também procurada para falar sobre os atrasos nos repasses e informou que não havia interrupção dos repasses para as obras em Araras porque não havia nenhum contrato firmado entre a Prefeitura e o banco para repasses do FAR. Segundo a assessoria de imprensa da instituição, o município tinha mostrado interesse em obter o financiamento, mas o contrato não foi firmado.
Pedrinho, durante a viagem a Brasília para buscar o recurso para a escola e a unidade de saúde, disse ter sido informado de que realmente não havia nenhum contrato firmado para a vinda de repasses federais para as construções.
“No sistema deles não existia nenhum documento, ou solicitação. Também não há nenhum contrato de licitação com a empresa para construir ali. Com base em documentos, a construtora teria construído as estruturas que existem lá porque ela quis. Não há nada oficial”, revelou Pedrinho.
O prefeito explica que este tipo de desencontro pode acontecer por erros na alimentação dos sistemas informatizados do governo federal. “Se não se lançar corretamente o projeto, as medições e todos os dados necessários, os recursos deixam de ser repassados. Qualquer desconformidade para todo processo”, finalizou ele.
Outra promessa
Outra obra anunciada é a construção de uma UBS e uma UBS para atender os moradores das 448 casas do Residencial Prefeito Jair Della Colleta. A unidade de saúde deve ter aproximadamente 1500 metros quadrados, uma EMEIEF, campo de futebol, quadras, praça, além de toda a urbanização da área do sistema de lazer, nas áreas institucionais reservadas para esse propósito.
Fonte: Tribuna do Povo – Site