A primeira semana da nova zona azul foi marcada por dúvidas e munícipes relataram que ficaram perdidos, principalmente em relação aos pontos de venda dos tíquetes nos comércios cadastrados. Nos primeiros cinco dias 14.402 tíquetes para estacionamento foram emitidos, segundo informa a Prefeitura.
A Secretaria Municipal de Segurança Pública e Defesa Civil avalia como natural a situação, por conta do serviço ser novo. De acordo com a empresa Digipare, responsável pelo sistema que emite os tíquetes, 60 estabelecimentos comerciais estão cadastrados para a venda e a lista pode ser acessada no site da empresa (www.digipare.com.br), da Prefeitura (www.araras.sp.gov.br) e também da Tribuna (www.tribunadopovo.com.br). Em tempo: o pagamento é aceito somente em dinheiro nas lojas.
Além dos comércios, existe ainda opções de compra pelo aplicativo para celular da Digipare, que pode ser baixado tanto pelo sistema operacional Android e iOS. Ele permite recarregar os créditos com cartões e estes não expiram. Há ainda a venda pelo 0800-941-3444 e SMS.
Mas apesar das opções teve munícipe que ficou perdido ao tentar pagar pelo estacionamento durante a semana. A principal dúvida foi, justamente, em relação aos pontos de venda fixos, já que não existe informação que oriente qual o comércio mais próximo para comprar.
A dúvida ocorreu apesar dos banners colocados nas fachadas dos comércios. Outro ponto citado é a informação que consta nas placas que estão nas ruas e indicam a zona azul. Como elas são as mesmas usadas pelo sistema anterior, ainda persistia durante a semana a orientação para procurar o parquímetro, hoje todos inoperantes, que aguardam retirada da Prefeitura.
O secretário de Segurança Pública e Defesa Civil, Moisés Furlan, avaliou como normal as dúvidas e críticas. Ele enfatiza que durante o mês de setembro a pasta fez propaganda sobre o novo sistema, inclusive com pedido para que a população baixasse o aplicativo.
“Infelizmente, muitos deixaram para baixar o aplicativo em última hora e estamos divulgando há 30 dias. Mas as críticas e dúvidas estão dentro do que era esperado e os guardas civis municipais continuam nas ruas para esclarecer dúvidas”, explica.
Sobre a presença da informação para a procura de um parquímetro, mesmo sem uso, Furlan disse que o erro foi corrigido durante a semana. “Começamos a colocar adesivos em cima para apagar essa informação”, afirma.
Motorista deve ficar atento para a fiscalização
O novo sistema substituiu os antigos agentes de trânsito pelos guardas civis municipais. Com isso, além da fiscalização da zona azul, eles também farão a fiscalização das infrações que constam no CTB (Código de Trânsito Brasileiro) como uso do cinto de segurança, por exemplo.
No caso da zona azul, o motorista que não efetuar o pagamento em 10 minutos vai receber um ACT (Aviso de Cobrança de Tarifa) e estará sujeito a multa de trânsito e medidas administrativas, como guinchamento do veículo.
Conforme decreto municipal, após os 10 minutos de tolerância o motorista tem até 2 horas do momento da emissão do ACT para realizar o pagamento de R$ 10 nos postos de venda credenciados, aplicativo Digipare ou na base que fica na Praça Barão de Araras, em cima dos sanitários públicos.
As motocicletas estão isentas de pagamento, mas devem ser estacionadas nos bolsões específicos e não permanecer no local por mais de 2 horas. Os portadores de credenciais de idoso e deficiente físico também não pagam e as áreas que permitem estacionamento de até 15 minutos continuam.
Semelhante ao de Araras, zona azul de Leme informa em placas comércios próximos para compra de tíquetes
(Crédito: Tiago Penteado/Tribuna)
Em Leme, placas informam pontos para compra de tíquetes
Em operação desde 2015, o sistema da zona azul da vizinha Leme é semelhante ao de Araras, exceto pela presença de parquímetros. A empresa Zona Azul Brasil é responsável pelo sistema e a Digipare vende tíquetes pelo seu aplicativo do celular, como ocorre em Araras.
No início, a zona azul de Leme oferecia venda de tíquetes somente em comércios cadastrados e pelo celular (aplicativo), mas a situação não vingou. Tanto que no ano passado parquímetros foram instalados em pontos da região central, onde existe o estacionamento rotativo pago.
Com os parquímetros continuaram os demais métodos de venda em comércios e pelo aplicativo, além do posto da zona azul que fica no Centro da cidade.
Outro diferencial que evita problemas para os usuários é a presença em toda área da zona azul de pequenas placas, fixadas em postes de sinalização de trânsito, com o nome dos estabelecimentos comerciais mais próximos para a compra de tíquetes.
Por fim, há ainda outro diferencial que é o tempo permitido para pagar o ACT (Aviso de Cobrança de Tarifa). A tolerância em Leme é a mesma da aplicada em Araras (10 minutos) e o valor também (R$ 10). Porém, o motorista que usa o sistema de Leme tem período maior para pagar o ACT, sendo 48 horas. Em Araras são apenas 2 horas.
Como funciona zona azul em Araras
Tabela de preços
Zona azul
30 minutos: R$ 0,50
1 horas: R$ 1
2 horas: R$ 1,50
Zona verde
30 minutos: R$ 0,50
1 hora: R$ 1
2 horas: R$ 1,50
4 horas: R$ 2,50
Venda de tíquetes: comércios, 0800, SMS e aplicativo
Tempo para validar ACT: 2 horas
Fiscalização: Guarda Civil Municipal
Como funciona zona azul em Leme
30 minutos R$ 1
1 hora R$ 1,80
2 horas R$ 3
Zona verde: não tem
Venda de tíquetes: comércio, aplicativo, posto de venda e parquímetros
Tempo para regularizar ACT: 48 horas
Fiscalização: agentes de trânsito da empresa Zona Azul Brasil
Número dos primeiros cinco dias da zona azul
Tíquetes emitidos: 14.402
Avisos de cobrança: 1.080
Regularizações: 421
Cancelamento no período de 10 minutos: 257
Cancelamento por erross no equipamento: 188
Multas: 214
Fonte: Prefeitura de Araras