“Câncer de mama: vamos falar sobre isso?” Este é o tema da Campanha Outubro Rosa deste ano em todo o Brasil, que tem como principal objetivo a conscientização da doença que afeta milhares de mulheres anualmente no mundo. Ações especiais são realizadas em várias cidades para debater o assunto e Araras não ficou de fora.
O Centro de Quimioterapia da cidade, instalado no Hospital São Luiz (Santa Casa de Misericórdia de Araras), realiza durante esse mês de outubro uma exposição gratuita e aberta ao público com fotos de pacientes que lutam e venceram a doença.
A Secretaria Municipal de Saúde, por meio do Centro de Saúde da Mulher Jandira L Duarte, organizou palestras para serem oferecidas a população durante o mês e algumas unidades trabalham em horário estendido, das 16h às 20h, para a realização de exames de mamografias e papanicolau.
A enfermeira do Centro de Saúde da Mulher, Valéria Sanches Luiz, explicou que, além de disponibilizarem horário especial, neste mês durante os atendimentos e consultas de rotina os funcionários estão reforçando a conscientização sobre a luta e prevenção da doença.
Segundo o Ministério da Saúde, depois do câncer de pele não melanoma, o de mama responde por cerca de 25% dos novos diagnósticos da doença em mulheres a cada ano. Além de enfatizar a importância de conhecer suas mamas e ficar atenta às alterações suspeitas.
A ação do Ministério da Saúde visa disseminar o maior volume possível de informações sobre acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento, contribuindo para a redução da mortalidade.
De acordo com o Inca (Instituto Nacional do Câncer), são esperados 57.960 casos novos de câncer de mama este ano no Brasil. A idade é um dos mais importantes fatores de risco para a doença (cerca de quatro em cada cinco casos ocorrem após os 50 anos). Vale a pena ressaltar que homens também podem ter a doença, mas somente 1% do total de casos é diagnosticado nesse gênero.
Campanha
O objetivo da iniciativa é divulgar a ação mundial, que também embeleza com o tom rosa monumentos e locais históricos, no sentido de mostrar a importância da luta contra o câncer que mais mata mulheres em todo o mundo.
De acordo com o site outubrorosa.org.br, o movimento de luta começou nos Estados Unidos na década de 1990, onde vários estados tinham ações isoladas referente doença e mamografia no mês de outubro, posteriormente, com a aprovação do Congresso Americano, se tornou o mês nacional (americano) de prevenção da doença.
Para sensibilizar a população, inicialmente as cidades se enfeitavam com os laços rosas, principalmente nos locais públicos, depois surgiram outras ações como corridas, desfile de modas com sobreviventes e outras ações direcionadas a conscientização da prevenção pelo diagnóstico precoce.
A primeira iniciativa vista no Brasil em relação ao Outubro Rosa foi a iluminação do monumento Mausoléu do Soldado Constitucionalista (mais conhecido como o Obelisco do Ibirapuera), na cidade São Paulo/SP.
Unidades com horário estendido em Araras:
Centro de Saúde da Mulher
Rua dos Antúrios s/nº Jd. Sobradinho – 35515440
PSF Lúcia Bochetti Meneghetti I e II
Rua Allan Kardec s/nº Vila Dona Rosa – 35447533
PSF Madre Carla Rabbolin
Rua Carlindo Fernandes s/nº Jd. Alvorada – 35513563
PSF Otavio João Breda
Rua Carlos Cerri s/nº Pq. Dom Pedro – 35417593
PSF Parque das Árvores
Rua Melania B. Maróstica s/nº Pq. das Árvores – 35445424
UBS Antonio Carlos Fabrício
Rua Carpinteiro s/nº José Ometto I – 35411903
UBS José Fiori
Rua Ana da Silva s/nº Vila Madalena de Canossa – 35429308
Saiba a importância de se prevenir do câncer de mama
De acordo com os especialistas, o câncer de mama é causado pela multiplicação de células anormais da mama, que formam um tumor. Há vários tipos, sendo que alguns têm desenvolvimento rápido, enquanto outros são mais lentos.
A campanha Outubro Rosa deste ano tem a missão de conscientizar a todos da doença, mas a principal ação é o autoexame.
A idade é um dos fatores que mais aumentam o risco da doença, mas também devem ser observadas as características ambientais, comportamentais, história reprodutiva, hormonal, genética e hereditariedade.
Em grande parte dos casos, quando detectado em fases iniciais, há mais chances de tratamento e cura. Todas as mulheres, independentemente da idade, devem conhecer seu corpo para saber o que é e não normal em suas mamas. A maior parte desse tipo câncer são descobertos pela paciente. O diagnóstico precoce aumenta em mais de 90% o sucesso do tratamento.
Mamografia
Para mulheres entre 50 e 69 anos, a indicação do Ministério da Saúde é que a mamografia de rastreamento seja realizada a cada dois anos. Esse exame pode ajudar a identificar o câncer antes do surgimento dos sintomas.
O exame é realizado pela rede particular e pelo SUS (Sistema Único de Saúde) que garante a oferta gratuita para as mulheres brasileiras em todas as faixas etárias. A recomendação, por parte dos médicos, é que a avaliação seja feita antes dos 35 anos somente em casos específicos. Nas clínicas particulares há mais agilidade na divulgação do resultado, por outro lado, quem precisa do SUS entra em uma fila de espera.
Cabe ressaltar que pelo menos o autoexame deveria ser rotineiro na vida de toda mulher, enquanto a mamografia deve ser feita anualmente a partir dos 40 anos, e até antes ou com mais frequência, dependendo do critério médico.
Durante o autoexame, é possível verificar se há indício de alguns dos sintomas, como presença de caroço (nódulo) fixo, endurecido e, geralmente, indolor; pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja; alterações no bico do peito (mamilo); e pequenos nódulos localizados embaixo dos braços (axilas) ou no pescoço.
Tribuna na campanha
O Outubro Rosa é uma das principais iniciativas do Ministério da Saúde e o Jornal Tribuna do Povo não ficou de fora desta campanha, com a impressão do selo mundial do laço estampado na capa durante o mês, além de oferecer mais informações sobre a doença e seu tratamento.
Fatores de risco
Idade – as mulheres após os 50 anos são mais susceptíveis a desenvolver a doença;
Primeira menstruação antes dos 12 anos de idade e menopausa após 55;
Primeira gravidez após os 30 anos ou não ter tido filhos;
Fumar, consumo excessivo de álcool;
Sobrepeso ou obesidade;
Não praticar atividade física regularmente;
Exposição frequente a raios-X;
Histórico familiar de câncer de mama e/ou ovário em parentes de primeiro grau (mãe, irmã ou filha) que tenham tido a doença antes dos 50 anos;
Fazer uso de terapia de reposição hormonal pós-menopausa, principalmente se por tempo prolongado.