Por Adriel Arvolea – Jornal Cidade
A condutora de van escolar, Tania Cristina Fernandes Amadio, 51 anos, teve um ato heroico antes de morrer. Nessa segunda-feira (3), por volta das 7h, ela transportava crianças de Araras para um colégio de Rio Claro, no interior de São Paulo, quando começou a passar mal.
Próximo a um residencial na Avenida dos Estudantes, Tania, vendo que estava sem condições de dirigir, estacionou o veículo no acostamento, puxou o freio de mão e acionou o pisca-alerta, garantindo a segurança,
primeiramente, dos estudantes.
Em seguida, passou do banco do motorista para o de passageiro e conseguiu tranquilizar as crianças, dizendo que o ‘Tio Nei’, o seu
marido, já estava a caminho, pois havia ligado para ele pedindo ajuda.
Apesar da tentativa por socorro, o atendimento foi feito por equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) que, assim que acionada – por uma das crianças – se dirigiu ao local, onde a vítima já estava em parada cardiorrespiratória.
“Apesar dos esforços dos profissionais nos procedimentos, não foi possível reverter o quadro”, informa a Fundação Municipal de Saúde.
Para o cunhado Luciano Amadio, o ato de Tania antes de morrer refletiu a mulher que sempre foi em vida. “Um exemplo de mãe, esposa, avó e amiga de todos. Uma mulher guerreira e batalhadora que sempre pensou no próximo, assim como no seu último instante”, destaca.
O que surpreendeu a todos é que na noite anterior aconteceu um encontro familiar numa pizzaria, ocasião em que Tania estava feliz e sem demonstrar qualquer problema de saúde. “Ela estava bem. Tanto que no dia 2 de julho íamos viajar em família para Foz do Iguaçu de avião, algo
inédito para ela. Infelizmente, não foi possível. Mas, como falaram, ela está voando bem mais alto agora”, completa o cunhado.
Tania Cristina Fernandes Amadio era casada com Claudinei Amadio, deixa dois filhos e três netos. O seu sepultamento foi realizado na manhã desta terça-feira (4), no Cemitério Municipal de Araras.
Homenagem
“A Tania era a segunda mãe daquelas crianças. Era aquela pessoa que segurava na mão, que cuidava e zelava por todos. O seu ato foi heroico, pois dirigiu com cuidado e zelo antes de morrer. Vai fazer muita falta para todos, mas deixará o seu bom exemplo”, acrescenta o cunhado.