Salas de vacina vão funcionar no dia 24 para reforçar imunização contra o sarampo

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A confirmação de um caso de sarampo importado movimentou as unidades de saúde de Araras nos últimos dias. Para ampliar o atendimento à população que está com a vacina atrasada, a Secretaria de Saúde informa que as salas de vacina, que funcionam em seis postos da rede municipal, estarão abertas no dia 24 (sábado), das 8h às 17h, para aplicar doses da tríplice viral, que protege contra o sarampo, rubéola e caxumba, e também outras que estiverem desatualizadas na caderneta.

Nesta quinta (15), feriado municipal em comemoração aos 157 anos de fundação de Araras, e na sexta-feira (16), ponto facultativo, os postos estarão fechados. O atendimento nas unidades será retomado normalmente na segunda-feira (19).

Apesar da intensa busca por vacinas na rede municipal, a Secretaria reforça que todas as ações de bloqueio preconizadas pelo Ministério da Saúde já foram realizadas pela equipe de Vigilância Epidemiológica da pasta junto a pessoas que tiveram contato com o paciente para evitar possíveis novos casos da doença. Ele já está fora do período de contágio e não teve complicações decorrentes da doença.

“Se as pessoas estivessem com a caderneta de vacinação em dia, não teríamos, provavelmente, essa movimentação tão intensa nas salas de vacina”, observa a médica e diretora técnica da Secretaria, Ana Cristina Zago.

Somente no Centro de Saúde 2 Dr. João Geraldo Noronha, quase 700 pessoas foram atendidas na última terça-feira (13) em busca de orientações sobre vacinação. Normalmente, a equipe do setor de vacinas registra menos de 100 atendimentos por dia no local. Segundo a pasta, a maioria dos ararenses que estiveram no local estava em dia com a vacina contra o sarampo, mas acabaram atualizando outras doses. As mais aplicadas nos últimos dias são a contra a febre amarela e a HPV (que é direcionada apenas a adolescentes).

Paciente

A Secretaria Municipal de Saúde registrou o primeiro caso de sarampo em Araras – a doença não era diagnosticada há, pelo menos, três décadas na cidade. O paciente é um homem de 49 anos e foi contaminado pelo vírus em outro município – o caso, portanto, é importado. Ações de bloqueio já foram realizadas pela equipe de Vigilância Epidemiológica da pasta junto a pessoas que tiveram contato com ele para evitar possíveis novos casos da doença.

De acordo com a pasta, o paciente foi até hospital da Unimed no último sábado (10), com a doença viral já confirmada, e acabou sendo internado por precaução. O homem foi liberado segunda-feira (12), sem complicações decorrentes da doença e fora do período de contágio.

Segundo informações do Setor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria, ele teria contraído a doença na cidade de São Paulo e viajado para Minas Gerais, em seguida. “Após o registro do caso, todas as medidas de segurança foram tomadas, inclusive com isolamento da área onde esse paciente mora, por meio da vacinação de todos os vizinhos e pessoas que, de alguma forma, tiveram contato com ele”, explicou a farmacêutica da Vigilância Epidemiológica, Margareth Pagotti.

Quem deve ser vacinado

A vacinação contra o sarampo é feita atualmente aos 12 meses de idade, quando a primeira dose de vacina é aplicada, e aos 15 meses, quando uma segunda é recomendada. Mas o calendário vacinal, estabelecido pelo Ministério da Saúde, nem sempre foi assim.

“O calendário de vacinação mudou. Antigamente, a vacina contra o sarampo era aplicada aos 4 anos de idade, com reforço somente aos 15 anos. Muitas pessoas que nasceram entre as décadas de 80 e 90 não voltaram para receber esse reforço na idade prevista e precisam se imunizar agora”, explicou Margareth.

Ela recomenda que os ararenses chequem a carteirinha de vacinação para saber se receberam as duas doses da vacina e, em caso de dúvida, procurem uma das unidades de saúde que tenham sala de vacina para verificar a necessidade do reforço.

“Ararenses com idades entre um e 29 anos de idade devem ter duas doses de vacina. Quem tem mais de 30 anos deve ter sido imunizado uma vez”, ressaltou.

Segundo recomendação do Ministério da Saúde, devem ser vacinadas crianças maiores de seis meses e menores de um ano, que vão viajar para 39 cidades dos Estados de São Paulo, Pará ou Rio de Janeiro, onde há surto ativo de sarampo, que devem ser imunizadas contra a doença com 15 dias de antecedência da data da viagem.

Considerada emergencial, a dose não substitui outras previstas no calendário. Assim, além da dose aplicada nesse caso, a criança também deverá tomar a tríplice viral aos 12 meses de idade, quando a primeira dose é aplicada, e aos 15 meses, quando a segunda dose da vacina é recomendada.

Prazo prorrogado para professores e alunos

Motoristas, trabalhadores da área da saúde e educadores também devem tomar uma segunda dose da vacina, por estarem mais expostos à doença.

A exigência do atestado comprovando que professores e alunos estão com a carteira de vacinação em dia nas redes pública e particular também contribuiu com a movimentação nos postos nos últimos dias. O prazo para entrega do documento, que terminaria nesta quarta-feira (14), foi prorrogado até o dia 30 deste mês.

As salas funcionam de segunda a sexta-feira, das 8h às 15h45, no PAM Antônio Carlos Fabrício (José Ometto 1), PSF Edmundo Ulson (Parque Tiradentes), UBS Ênio Vitalli (Jardim Piratininga), PSF Madre Carla Rabolin (Jardim Alvorada) e Centro de Saúde II Dr. João Geraldo Noronha (ao lado do Corpo de Bombeiros). No PAM Oswaldo Salvador Devitte (Narciso Gomes), as vacinas são aplicadas até as 15h30 por conta da logística de armazenamento das doses.

O setor de Vigilância Epidemiológica reforça que a aplicação das vacinas termina um pouco antes do fechamento das unidades ao público porque as equipes têm um protocolo de armazenamento das doses a seguir, diariamente, para garantir a conservação adequada e também a eficácia dos medicamentos.

Mais de 900 casos confirmados no Estado

O sarampo é uma doença altamente contagiosa, provocada por vírus. A transmissão é similar à gripe, ou seja, de pessoa para pessoa, por meio de tosse e secreções respiratórias.

A imunização contra o sarampo é feita tanto pela vacina tríplice viral (que protege também contra rubéola e caxumba) quanto pela tetra viral (que inclui ainda a varicela), ambas disponíveis na rede pública de saúde e aplicadas conforme prevê o calendário vacinal.

O Ministério da Saúde registrou, entre os dias 5 de maio e 3 de agosto deste ano, 907 casos confirmados de sarampo no Brasil, em três Estados: São Paulo (901 casos), Rio de Janeiro (5) e Bahia (1). Cidades como Campinas, Indaiatuba, Sumaré, Hortolândia registram surto da doença, segundo o Ministério da Saúde.

Sintomas

Os primeiros sintomas do sarampo são febre alta que dura por volta de uma semana e manchas avermelhadas na pele. Os sintomas aparecem entre 10 e 12 dias após o contato com o vírus e podem vir acompanhados de tosse persistente, irritação ocular, coriza e congestão nasal.

 

• Manchas no corpo e no rosto

• Coceira

• Conjuntivite

• Febre

• Tosse persistente

• Infecção no ouvido

Quantas doses de vacina são necessárias:

De 1 a 29 anos: ararenses dentro dessa faixa etária devem ter duas doses de vacina contra o sarampo
Mais de 30 anos: ararenses dentro dessa faixa etária devem ter uma dose da vacina contra o sarampo.

Quem deve tomar a vacina contra o sarampo:

Pessoas de 1 a 29 anos, que não tenham tomado as duas doses da vacina
Pessoas com mais de 30 anos, que não tenham tomado uma dose da vacina
Crianças de 12 e 15 meses de idade.
Crianças de seis meses a menores de um ano de idade que vão viajar para 39 cidades dos Estados de São Paulo, Pará ou Rio de Janeiro, onde há surto ativo de sarampo.
Professores, profissionais da saúde e motoristas (ônibus, táxi, caminhões, aplicativos, etc).

Salas de Vacina*:

PAM Antônio Carlos Fabrício (José Ometto 1)

PSF Edmundo Ulson (Parque Tiradentes)

UBS Ênio Vitalli (Jardim Piratininga)

PSF Madre Carla Rabolin (Jardim Alvorada)

PAM Oswaldo Salvador Devitte (Narciso Gomes)**

 Centro de Saúde II Dr. João Geraldo Noronha (ao lado do Corpo de Bombeiros).

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