Vacinas de febre amarela, hepatite e tétano são as mais aplicadas nos postos de saúde

Categoria Prefeitura de Araras, Saúde Publicado em

A procura pela vacina contra o sarampo vem movimentando os postos de saúde nas últimas semanas e também no último sábado (24), quando equipes das seis salas de vacinação da cidade fizeram plantão para atender os ararenses.

Apesar do movimento intenso, não há falta da vacina tríplice, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, nos postos de saúde. Segundo levantamento prévio da Secretaria Municipal de Saúde, as doses mais aplicadas nos últimos dias são contra febre amarela, hepatite, tétano e HPV (disponível na rede pública apenas para adolescentes) – no sábado, elas chegaram a acabar em algumas unidades devido ao volume de pessoas que foram atendidas nos locais e estavam com a carteira desatualizada. O estoque será reposto essa semana pelo Ministério da Saúde, responsável pela distribuição das vacinas.

“As pessoas estão procurando os postos de saúde preocupadas com a imunização contra o sarampo. Porém, quando consultamos as carteiras de vacinação, percebemos que a maior parte da população está, na verdade, com vacinas contra febre amarela, hepatite e tétano atrasadas”, explicou a enfermeira do setor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal da Saúde, Tavane Alselmo Malaguesse.

O descuido com a carteirinha de vacinação, que pode parecer inofensivo, vem contribuindo para filas e demora no atendimento nas unidades de saúde, já que muitas pessoas estão com várias doses desatualizadas.

Este ano, o Brasil registrou, pelo menos, 14 óbitos decorrentes da febre amarela, o que motivou campanhas específicas de vacinação. Em Araras, no Dia D da mobilização, realizado em 29 de junho, somente 150 foram imunizadas. “Ou seja, muitas pessoas continuavam com as carteiras desatualizadas, o que, neste momento, é motivo da grande movimentação nos postos”, ressaltou Tavane.

É importante ressaltar que as vacinas são aplicadas durante todo o ano, já que fazem parte do Calendário Nacional de    Vacinação. A maioria das vacinas disponíveis no manual é destinada a crianças. São 12 vacinas, aplicadas antes dos 10 anos de idade em 25 doses.

Como as vacinas são produzidas

De acordo com a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), as vacinas são constituídas de vírus atenuado, ou seja, vírus enfraquecido que não causa doenças em pessoas saudáveis, mas estimula o organismo a produzir a própria proteção contra o vírus.

Há 50 anos, quando o Brasil ainda não tinha um programa de vacinação definido pelo Ministério da Saúde, cerca de 100 mil casos de sarampo e 10 mil casos de poliomielite eram registrados todos os anos. A situação era tão grave que os hospitais ofereciam locais para receber somente os pacientes infectados por essas doenças, que atualmente podem ser prevenidas por meio da vacinação oferecida pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

Porém, à medida que as pessoas se descuidam com relação ao calendário vacinal, o que antes era um problema distante volta a se manifestar com o aparecimento de casos de doenças consideradas erradicadas e a sobrecarga dos serviços de saúde. 

“Algumas doenças que podem trazer complicações mais sérias são bem simples de serem evitadas, porque há vacinas distribuídas gratuitamente na rede pública de saúde para preveni-las. A população deve manter a carteira de vacinação sempre em dia para não colocar a própria saúde em risco e nem de familiares, amigos ou pessoas que têm contato diariamente. É um alerta que precisa ser seguido”, comentou o médico Rodrigo Klein, que atua no setor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde.

Sarampo

Segundo o último balanço divulgado pelo Ministério da Saúde, até 14 de agosto, 1.388 casos de sarampo tinham sido registrados nos Estados do Rio, São Paulo, Bahia e Paraná. Além disso, outros 66 casos foram confirmados em outros Estados.

A epidemia de sarampo é um fenômeno global. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) mostram que, em 2017, a doença foi responsável por 110 mil mortes.

No Brasil, casos de sarampo autóctones não eram registrados há 19 anos. O problema é que a cobertura vacinal da patologia no país está abaixo do patamar ideal, que é acima de 95%. Pelas informações do Ministério da Saúde, em 2018, este índice, relacionado à vacina tríplice viral em crianças de um ano de idade, foi de 90,80%. Em 2015, chegou a 96,7%.

Vacinação em Araras

Segundo levantamento prévio da Secretaria Municipal de Saúde, ararenses entre 15 e 29 anos são os que mais estão com as doses desatualizadas desta vacina.

“Percebemos, durante esses dias de grande movimento, que o público dessa faixa etária é o menos imunizado contra o sarampo. Isso porque o calendário de vacinação teve uma alteração e muitos não tomaram a segunda dose da vacina. Antigamente, a vacina contra o sarampo era aplicada aos 4 anos de idade, com reforço somente aos 15 anos. Muitas pessoas que nasceram entre as décadas de 80 e 90 não voltaram para receber esse reforço na idade prevista”, explicou a farmacêutica da Vigilância Epidemiológica, Margareth Pagotti.

Ela recomenda que os ararenses chequem a carteirinha de vacinação para saber se receberam as duas doses da vacina e, em caso de dúvida, procurem uma das unidades de saúde que tenham sala de vacina para verificar a necessidade do reforço.

As salas funcionam de segunda a sexta-feira, das 8h às 15h45, no PAM Antônio Carlos Fabrício (José Ometto 1), PSF Edmundo Ulson (Parque Tiradentes), UBS Ênio Vitalli (Jardim Piratininga), PSF Madre Carla Rabolin (Jardim Alvorada) e Centro de Saúde II Dr. João Geraldo Noronha (ao lado do Corpo de Bombeiros). No PAM Oswaldo Salvador Devitte (Narciso Gomes), as vacinas são aplicadas até as 15h30 por conta da logística de armazenamento das doses.

O setor de Vigilância Epidemiológica reforça que a aplicação das vacinas termina um pouco antes do fechamento das unidades ao público porque as equipes têm um protocolo de armazenamento das doses a seguir, diariamente, para garantir a conservação adequada e também a eficácia dos medicamentos.

A vacinação contra o sarampo é feita atualmente aos 12 meses de idade, quando a primeira dose de vacina é aplicada, e aos 15 meses, quando uma segunda é recomendada. Mas o calendário vacinal, estabelecido pelo Ministério da Saúde, nem sempre foi assim.

“Ararenses com idades entre um e 29 anos de idade devem ter duas doses de vacina. Quem tem mais de 30 anos deve ter sido imunizado uma vez”, ressaltou Margareth.

Sintomas

Os primeiros sintomas do sarampo são febre alta que dura por volta de uma semana e manchas avermelhadas na pele. Os sintomas aparecem entre 10 e 12 dias após o contato com o vírus e podem vir acompanhados de tosse persistente, irritação ocular, coriza e congestão nasal.

 

• Manchas no corpo e no rosto

• Coceira

• Conjuntivite

• Febre

• Tosse persistente

• Infecção no ouvido

 

Quantas doses de vacina são necessárias:

De 1 a 29 anos: ararenses dentro dessa faixa etária devem ter duas doses de vacina contra o sarampo

Mais de 30 anos: ararenses dentro dessa faixa etária devem ter uma dose da vacina contra o sarampo. 

 

Quem deve tomar a vacina contra o sarampo:

Pessoas de 1 a 29 anos, que não tenham tomado as duas doses da vacina

Pessoas com mais de 30 anos, que não tenham tomado uma dose da vacina

Crianças de 12 e 15 meses de idade.

Crianças de seis meses a menores de um ano de idade que vão viajar para 39 cidades dos Estados de São Paulo, Pará ou Rio de Janeiro, onde há surto ativo de sarampo.

Professores, profissionais da saúde e motoristas (ônibus, táxi, caminhões, aplicativos, etc). 

 

Horário das salas de vacinação:

PAM Antônio Carlos Fabrício (José Ometto 1)

PSF Edmundo Ulson (Parque Tiradentes)

UBS Ênio Vitalli (Jardim Piratininga)

PSF Madre Carla Rabolin (Jardim Alvorada)

PAM Oswaldo Salvador Devitte (Narciso Gomes)**

 Centro de Saúde II Dr. João Geraldo Noronha (ao lado do Corpo de Bombeiros).

 

* vacinas são aplicadas até as 15h45 para armazenamento correto dos frascos

**Somente no Pam Oswaldo Salvador Devitte, vacinas são aplicadas até as 15h30.

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