A Prefeitura segue com os trabalhos de combate à dengue em Araras. Entre as ações que são realizadas pela equipe do setor de Controle de Endemias, da Secretaria Municipal de Saúde, está a coleta de amostras de criadouros encontrados nos imóveis vistoriados pelos agentes na cidade. O objetivo é avaliar a existência de larvas do mosquito Aedes aegypti e, com base nas análises, direcionar ações específicas na região.
Os resultados revelam uma situação preocupante: a maioria das larvas encontradas é do mosquito transmissor da dengue. Segundo dados do setor, 84 amostras foram coletadas entre janeiro e fevereiro – o número é calculado com base no número total de imóveis vistoriados. Ao todo, foram contabilizadas 637 larvas – 94% delas eram do Aedes.
“Nas vistorias, os agentes têm encontrado muitas larvas por conta das chuvas. Reforçamos que a população verifique os objetos que possam acumular água, como latas, brinquedos, vasos, etc”, informou Luciana Cristina Coelho Bianco, coordenadora do setor de Controle de Endemias.
Ao todo, 11.777 imóveis foram vistoriados nos dois primeiros meses do ano em ações preventivas, como bloqueio e busca ativa. Além disso, também está sendo realizada a nebulização dos imóveis, realizada apenas após a confirmação de casos da doença para eliminar mosquitos adultos, que podem contaminar outras pessoas na região, e complementar a atividade de busca ativa, que elimina larvas do Aedes.
Araras registra, atualmente, 265 casos confirmados de dengue em 2020 – desse total, 257 são autóctones (contraídos no município) e oito importados. As confirmações colocaram a cidade em estado de epidemia, calculado de acordo com a relação entre os casos confirmados e a população da cidade. No caso de Araras, para ser decretada epidemia, são necessários mais de 200 casos autóctones.
Além disso, outros 55 pacientes aguardam resultado de exame para diagnóstico e 120 suspeitas foram negativadas após análises clínicas. “O resultado indica que a cidade não pode parar com as ações e estas devem ser intensificadas. É muito importante que a própria população realize o monitoramento de suas residências”, reforça a coordenadora.
Aedes aegypti x culex: entenda as diferenças
Aedes aegypti é o mosquito transmissor da dengue, zika vírus, chikungunya, e da febre amarela urbana. Menor do que os mosquitos comuns, ele é preto com listras brancas no tronco, na cabeça e nas pernas, e tem asas translúcidas. O ruído que produz é praticamente inaudível ao ser humano. As fêmeas se alimentam de sangue e têm hábitos diurnos – costumam atacar de manhã ou ao entardecer.
Esse mosquito põe seus ovos em recipientes como latas e garrafas vazias, pneus, calhas, caixas d’água descobertas, pratos sob vasos de plantas ou qualquer outro objeto que possa armazenar água da chuva.
Já o Culex é um mosquito pequeno, com cor de palha. Suas asas não têm manchas e o seu dorso é pardo-escuro com escamas amarela. Ao contrário do mosquito da dengue, as fêmeas, que se alimentam de sangue, permanecem em repouso durante o dia e começam as atividades ao anoitecer.
Mais informações podem ser obtidas pelos telefones 3132-0575 (setor de Controle de Endemias) e 3543-1522 (Secretaria Municipal de Saúde).