Um homem de 36 anos que testou positivo para a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, morreu na madrugada desta quinta-feira (26) em Ribeirão Preto (SP), segundo a prefeitura. O paciente já tinha histórico de doenças graves e crônicas, segundo secretário de Saúde do município, e estava internado.
O caso ainda não é confirmado pela Secretaria Estadual de Saúde e pelo Ministério da Saúde. Por telefone, a secretaria estadual informou que o caso deve aparecer no balanço da pasta quando houver a contraprova. Os balanços estaduais são emitidos no fim da tarde.
O exame que confirmou a presença do novo coronavírus no organismo do paciente foi feito pelo Hospital das Clínicas (HC) de Ribeirão Preto, que ainda não é credenciado pelo Instituto Adolfo Lutz. Por isso, a prefeitura aguarda laudo de contraprova do instituto.
A vítima morreu às 2h33 desta quinta-feira (26). Segundo a prefeitura, o homem possuía mieloma múltiplo, neoplasia óssea e insuficiência renal. As informações foram confirmadas durante entrevista coletiva com membros do Poder Executivo e do HC de Ribeirão Preto.
A Vigilância Epidemiológica foi notificada do teste positivo para novo coronavírus na segunda-feira (23), segundo o prefeito Duarte Nogueira (PSDB).
Questionado sobre quanto tempo o paciente ficou internado, o diretor de Atenção à Saúde do HC de Ribeirão Preto, Antônio Pazin Filho, informou apenas que era “prolongado”.
“Nós vamos manter sigilo sobre dados dos pacientes e nome dos pacientes porque não podemos ferir a ética médica nesse processo. (…) Mas a internação dele já era prolongada e ele já estava com uma doença em tratamento em processo grave”.
A cidade tem oito moradores com testes positivos para Covid-19, sendo que três foram confirmados e outros cinco aguardam exame de contraprova. O homem de 36 anos é um dos cinco pacientes que a prefeitura aguarda a contraprova.
O direto do HC informou também que um médico que teve contato com o paciente testou positivo e foi afastado. Segundo ele, as equipes médicas estão passando por exames dentro do que é possível.
‘Temos que assumir transmissão comunitária’
O diretor do HC disse ainda que o coronavírus deve estar em circulação e, por isso, é preciso assumir que há transmissão comunitária – quando já não há como identificar quem é o transmissor do vírus.
“O vírus já deve estar circulando entre nós. Nós já que assumir transmissão comunitária, como a vigilância informa”, analisou Pazin Filho.