O número de casos confirmados de coronavírus no Instituto Educacional Jaime Kratz, em Campinas (SP), subiu para 47. De acordo com a unidade de ensino, 39 funcionários e oito alunos testaram positivo para a Covid-19.
Na segunda-feira (1º), a instituição anunciou a suspensão das atividades presenciais até o dia 18 de fevereiro e informou que, até então, um estudante e 34 trabalhadores haviam sido infectados.
Entre os funcionários que testaram positivo, está uma professora que precisou ser internada na terça-feira (2). Segundo a diretoria da escola, o estado de saúde da docente é estável. Durante o período de suspensão das aulas, a escola particular, que fica no bairro Taquaral, vai manter o ensino remoto para todos os alunos.
As aulas presenciais haviam sido retomadas no dia 25 de janeiro por meio de rodízio, ou seja, com 35% dos alunos presentes. Ao todo, 1,3 mil estudantes estão matriculados na instituição.
Medidas adotadas
Segundo a escola, os pais dos alunos já foram orientados e a instituição passará por desinfecção. “Todas as medidas de segurança sanitária foram e continuam sendo adotadas pela escola com o intuito de preservar a saúde de alunos e colaboradores”, diz um comunicado no Facebook da instituição.
“A unidade escolar informou o Simed – sistema de informações do Estado – sobre a ocorrência e enviou uma planilha com os dados epidemiológicos de todos os docentes infectados à Vigilância Sanitária de Campinas. A Delegacia de Ensino do Estado também foi comunicada”, completa o texto.
Diretora do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) de Campinas, Andrea Von Zuben explicou, durante coletiva sobre a vacinação na cidade, que o caso relacionado do Instituto Educacional Jaime Kratz envolve uma “quebra de barreira sanitária”.
“Antes de começarem as aulas, eles fizeram um dia de planejamento em um local fora da escola. Identificamos fotos de muitas pessoas aglomeradas, sem uso de máscara. Quando não houver distanciamento, não houver uso de máscara, vai acontecer mesmo”, diz.
Segundo a profissional, o surto na unidade não teria relação com a volta às aulas, e disse que a comunicação do caso deveria ter sido feita imediatamente à Vigilância. “A partir de dois casos é surto, e não pode ter um surto sem que a gente saiba. A notificação é compulsória, e é obrigatório que a Vigilância vá até o local”, explica.