Os 25.767 aposentados e pensionistas de Araras terão a primeira parte do 13º salário antecipada em 25 de agosto, quando serão pagos R$ 18.901.688,73, o equivalente a 50% do valor total
A agência do INSS (Instituto Nacional de Seguro Social em Araras) fica na rua Chico Pinto nº 745, na região central
A agência do INSS (Instituto Nacional de Seguro Social em Araras) fica na rua Chico Pinto nº 745, na região central
Na próxima sexta-feira (25) os 25.767 aposentados e pensionistas de Araras terão a primeira parte do 13º salário antecipada. O decreto que autoriza o adiantamento do pagamento da gratificação natalina foi publicado e devem ser pagos no total, nesta primeira parte, R$ 18.901.688,73 do 13º salário, o equivalente a 50% do valor total, ou seja, a antecipação deve injetar quase R$ 19 milhões na economia ararense.
“A parcela do 13º salário é depositada juntamente com o pagamento mensal, seguindo a tabela de pagamentos normal. Não há incidência de IRPF (Imposto de Renda Pessoa Física) sobre esta parcela”, informou o INSS (Instituto Nacional de Seguro Social). De acordo com a legislação, o IR sobre o 13º somente é cobrado em novembro e dezembro, quando será paga a segunda parcela da gratificação natalina.
No Brasil a expectativa é de que 29,4 milhões de beneficiários receberão a primeira parcela do abono anual que corresponde a 50% do valor do 13º e representa uma injeção extra na economia de pelo menos R$ 19,8 bilhões nos meses de agosto e setembro. O extrato mensal de pagamento estará disponível para consulta na página da Previdência Social www.previdência.gov.br e nos terminais de autoatendimento da rede bancária juntamente com o extrato de pagamento de benefícios da folha de agosto.
A maioria dos aposentados e pensionistas recebe 50% do valor do benefício. “A exceção é para quem passou a receber o benefício depois de janeiro. Neste caso, o valor será calculado proporcionalmente”, diz o Ministério da Previdência. Os segurados que estão em auxílio-doença também recebem uma parcela menor que os 50%.
Programar-se é a dica
O aposentado que tiver acesso ao valor antecipado precisa avaliar o que pretende fazer com o recurso e ter cautela. O economista Ricardo Buso ressalta que é preciso ter em mente que esse dinheiro não virá no final do ano e ter o cuidado de se programar. “Sabemos que o pagamento da primeira parcela do décimo terceiro salário tem sempre um considerável poder de movimentar a economia. O que era para ocorrer lá por volta do mês de novembro já se tornou tradição ser antecipado, conferindo fôlego adicional à atividade econômica no meio do ano. Por consequência, a economia local também se beneficia de tal movimento. Contudo, aos beneficiários desse crédito é sempre importante lembrar que nada pode ser mais vantajoso que quitar dívidas, salvo se houver alguma condição especial que garanta juros subsidiados dessa dívida que seja menor que o de uma aplicação financeira, o que é quase impossível”.
Buso explica que “o racional por detrás desse raciocínio é o de que os bancos sempre ganham recebendo juros maiores nas dívidas do que remuneram as aplicações com eles depositadas. É, em resumo, a explicação do famoso spreadbancário. É muito importante dar preferência para quitar as dívidas de custo mais elevado, como os financiamentos através de cartão de crédito e o velho cheque especial, por exemplo.
Para quem não tenha dívidas ou não pretenda quitar as que porventura tenha assumido, há praticamente dois caminhos possíveis: consumir ou poupar.
Se a opção é por consumir, o beneficiário precisa sempre se lembrar que quem paga à vista paga menos. Por mais que a propaganda indique ofertas através de parcelas sem juros, há uma operação de financiamento por trás disso, que o pagador à vista não pode assumir. Peça sua condição mais vantajosa.
Há casos de consumo em que o que era um benefício do décimo terceiro salário se tornou, na verdade, um endividamento pelos juros envolvidos e por consumir o orçamento doméstico mensal. É preciso cuidado. Também deve ser observado pelo beneficiário se esse é o momento do consumo ou se é o caso de aguardar para gastar nas festas natalinas, já que essa é a ideia do benefício do décimo terceiro, que apenas foi antecipado.
Já para quem prefere poupar o recurso extra, seja até o final do ano ou por um período maior, recomenda-se a análise do perfil de investimento, de disposição a assumir riscos, de incidência de impostos sobre os ganhos, até chegar na aplicação financeira apropriada para cada perfil, além do aconselhamento com alguém do ramo.
Outro cuidado a destacar é que, pessoalmente, não recomendo títulos de capitalização como aplicação financeira. Eles rendem pouco em relação a outros investimentos e perde-se a chance de ganhar um pouco mais. Quanto aos prêmios oferecidos, dependem essencialmente de sorte, o que é muito difícil de mensurar. Acima de tudo é preciso parcimônia com dinheiro em mãos”, enfatizou o economista.
Outras dicas
Há empresas que também podem antecipar e a dica é válida para todos. Após as festas de final de ano, por exemplo, chegam as contas de início do novo ano, como IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) para aqueles que têm carro. “Muitos guardam uma parte do 13º salário para essas contas”. Em dezembro, caso ainda esteja afastado, o segurado irá receber o restante. Se tiver alta antes, o valor será calculado até o mês em que o benefício vigorar e acrescido ao último pagamento do 13º.
Fonte: Opinião Jornal – Site