A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Agricultura alerta sobre a Campanha de Vacinação contra a Brucelose e Febre Aftosa. A imunização para bovídeos (bovinos e bubalinos) segue até o dia 31/05.
A declaração da vacina tem prazo de encerramento em 07/06 no sistema da Gedave (Gestão de Defesa Animal e Vegetal), da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) – https://gedave.defesaagropecuaria.sp.gov.br. (Confira aqui o Manual de Declaração do Gedave).
Contra a Brucelose deverão ser vacinadas as fêmeas bovinas e bubalinas com idade entre três e oito meses. Já contra a Febre Aftosa, a vacinação acontece em duas etapas: 1ª – até 31/05 (todos os bovinos e bubalinos) e 2ª – até 30/11 (bovinos e bubalinos com até 24 meses).
Brucelose
A Brucelose é uma doença infectocontagiosa provocada por bactérias do gênero Brucella. Produz infecção característica nos animais, podendo infectar o homem. Sendo uma zoonose de distribuição universal, acarreta problemas sanitários importantes e prejuízos econômicos consideráveis. As principais manifestações nos animais, como abortos, nascimentos prematuros, esterilidade e baixa produção de leite, contribuem para uma considerável baixa na produção de alimentos. No homem, a sua manifestação clínica é responsável por incapacidade parcial ou total para o trabalho.
Os principais sintomas em humanos são: febre, mal-estar, sudorese, calafrios, fraqueza, perda de peso e dores por todo corpo. Devido aos sintomas serem inespecíficos é de difícil diagnóstico em humanos, acometendo principalmente veterinários e trabalhadores de fazendas que possuem grande contato com animais infectados, mas também pode ser transmitida por produtos lácteos e carne crua, possibilitando a infecção de quem ingerir esses alimentos.
A principal fonte de infecção é representada pela vaca prenhe, que elimina grandes quantidades do agente por ocasião do aborto ou parto e em todo o período puerperal (até, aproximadamente, 30 dias após o parto), contaminando pastagens, água, alimentos e fômites. Essas bactérias podem permanecer viáveis no meio ambiente por longos períodos, dependendo das condições de umidade, temperatura e sombreamento, ampliando de forma significativa a chance do agente entrar em contato e infectar um novo indivíduo suscetível.
A porta de entrada mais importante é o trato digestivo, sendo que a infecção se inicia quando um animal suscetível ingere água e alimentos contaminados ou pelo hábito de lamber as crias recém-nascidas. Uma vaca pode adquirir a doença apenas por cheirar fetos abortados, pois a bactéria também pode entrar pelas mucosas do nariz e dos olhos.
O controle da brucelose apoia-se basicamente em ações de vacinação em massa de fêmeas e o diagnóstico e sacrifício dos animais positivos.
Febre Aftosa
A Febre Aftosa é uma enfermidade causada por vírus (família Picornaviridae, gênero Aphthovirus). É uma das doenças infecciosas mais contagiosas dos animais e acomete animais biungulados (de casco fendido) como: bovinos, bubalinos, caprinos, ovinos e suínos.
Esta doença pode acometer rapidamente criações inteiras. O vírus se dissipa pelo contato entre animais doentes e susceptíveis e pode contaminar o solo, água, vestimentas, veículos, aparelhos e instalações. O vento pode transportar o vírus. A doença atravessa fronteiras internacionais por meio do transporte de animais infectados e da importação de produtos de origem animal (principalmente carne com osso).
Os animais doentes:
• Apresentam feridas (bolhas, aftas) na boca, nas tetas e entre as unhas;
• Salivam em excesso (babam), não comem e não bebem;
• Andam com dificuldade (manqueira);
• Se isolam dos outros animais;
• Apresentam febre alta, podendo ter tremores;
• Em vacas leiteiras pode haver diminuição rápida da produção de leite.
A doença raramente é fatal, exceto nos casos de animais muito jovens, os quais podem morrer sem apresentar sintomas. O principal efeito da Febre Aftosa é comercial. A ocorrência da doença afeta enormemente a abertura dos mercados aos produtos de origem animal. A identificação da infecção pelo vírus, independente da apresentação de sinais clínicos já é considerada um foco da doença, impedindo a comercialização de animais, produtos e subprodutos de origem de animais susceptíveis para zonas e países livres da doença.
Quando observar qualquer animal com alguma das alterações características, mesmo que você não seja o proprietário, comunique imediatamente à Defesa Agropecuária – Regional de Limeira (19) 3441-2514.