Recentemente, uma camada de espuma branca localizada na saída da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) chamou a atenção de quem passou pelo local.
De acordo com a chefe de Divisão de Coleta e Tratamento de Esgoto, Yeda Fernanda Borelli, responsável pelo tratamento do esgoto gerado no município de Araras, a qualidade das águas do Ribeirão das Araras não foi prejudicada. “Essa espuma se forma na saída da ETE e se dissipa aos poucos quando entra em contato com o grande volume de água do Ribeirão das Araras. Embora ela possa causar um incômodo estético, ela é inofensiva sob essas condições”, disse a Chefe de Divisão.
Segundo ela, os produtos de uso doméstico podem ser a causa da formação dessa espuma. “Os detergentes que permanecem no esgoto já tratado acabam gerando mais espuma que o normal por conta da agitação na escada de dissipação hidráulica à margem do Ribeirão. A chuva também influencia nesses momentos, pois gera mais volume no que é captado”.
Junto ao esgoto doméstico que chega à ETE, os detergentes são encontrados em produtos de limpeza, shampoos, sabonetes e afins. A ETE possui tecnologia suficiente para tratar esses resíduos, mantendo as condições de lançamento do esgoto tratado exigidas na legislação ambiental vigente. No entanto, uma pequena parte dessas substâncias que ainda permanece no esgoto tratado pode gerar espuma se exposta à agitação, que é o que ocorre eventualmente na saída da ETE.
Para minimizar o impacto estético, a Autarquia realiza a dosagem de produtos antiespumantes na saída da ETE. Todos os produtos utilizados têm registro do IBAMA e são aprovados pelos órgãos ambientais.