Fonte: Repórter Beto Ribeiro
O município de Araras (SP), acaba de registrar mais um caso de suicídio. Um rapaz de aproximadamente 19 anos, acabou tirando sua vida. O corpo foi encontrado no interior de uma casa próximo ao Hospital da Unimed.
No próximo mês, teremos o “Setembro Amarelo”, que é uma campanha de conscientização sobre a prevenção do suicídio, com o objetivo direto de alertar a população a respeito da realidade do suicídio no Brasil e no mundo e suas formas de prevenção. Ocorre no mês de setembro, desde 2014, por meio de identificação de locais públicos e particulares com a cor amarela e ampla divulgação de informações.
O problema do suicídio
Entre os fatores de risco associados com o suicídio estão transtornos mentais, como depressão, alcoolismo, esquizofrenia; questões como isolamento social, desemprego, migrantes; questões psicológicas, como perdas recentes, dinâmica familiar; e condições clínicas incapacitantes, como lesões desfigurantes, dor crônica e câncer.
Sinais no cotidiano podem mostrar à família que a pessoa planeja ou pensa na possiblidade de suicídio. A maioria das pessoas com ideias de morte comunica seus pensamentos e intenções suicidas. Elas, frequentemente, dão sinais e fazem comentários sobre “querer morrer”, “sentimento de não valer pra nada”, e assim por diante. Tykanori alerta que comportamentos considerados como de despedida podem ser percebidos antes da tentativa de suicídio. “De repente a pessoa começa a se desfazer de coisas, dizer que não vai fazer mais certas atividades. Sinais que a pessoa está encerrando sua agenda, por exemplo. Em geral este tipo de comportamento é considerado de alto risco. Independente de a pessoa estar deprimida ou ter um histórico de transtorno mental”.
Por isso, é importante que a família fique atenta aos comportamentos de alerta. Por trás deles estão os sentimentos de pessoas que podem estar pensando em suicídio. São quatro os sentimentos principais de quem pensa em se matar. Todos começam com “D”: depressão, desesperança, desamparo e desespero (regra dos 4D). Caso note alguém com este comportamento, a ajuda pode começar em uma Unidade Básica de Saúde (UBS), que é a porta de entrada para os usuários do SUS. Se necessário, o paciente será encaminhado a um serviço de atenção especializada.
Ações de combate ao suicídio
Em uma ação de 2014, o Conselho Federal de Medicina – CFM e a Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP firmaram parceria para combater os altos índices de suicídio no Brasil. Segundo dados 17% das pessoas no Brasil já pensaram, em algum momento, em tirar a própria vida. Por isso, as duas entidades se empenharam em criar uma cartilha para orientar os médicos e profissionais da área de saúde em casos de tentativa de suicídio ou para identificarem possíveis casos em seus pacientes.
A cartilha foi uma iniciativa do Conselho Federal de Medicina, representado pelo vice-presidente Emmanuel Fortes e pela Comissão de Estudos e Prevenção de Suicídio – ABP
A cartilha “Suicídio: informando para prevenir” fala sobre como abordar um paciente, explica de que forma as doenças mentais podem estar relacionadas ao suicídio, os fatores psicossociais e dados atualizados sobre o tema.
Fonte: Repórter Beto Ribeiro – Site www.reporterbetoribeiro.com.br